Pensando o que aconteceu agora na eleição da reitoria da PUC, fiquei certo que os jovens têm fortes motivações políticas. Porque se algo caracteriza o movimento dos indignados, é a de que ele é composto, principalmente, de menores de 35 anos. Quem são eles e o que reivindicam?
Se a esquerda tradicional quer reconquistar a confiança dos jovens, ela precisa atingir dois objetivos que estão interligados. Primeiro, o movimento das juventudes partidárias de esquerda deve prestar mais atenção ao que une e não ao que separa. Em segundo lugar, precisa preparar um discurso que responda a muitas das preocupações dos jovens e saber o que eles esperaram do nosso sistema político.
Caso não se preocupe com isso, a esquerda perceberá que a abstenção é a primeira escolha para os jovens, pois se eles não participarem do processo político como protagonistas, eles não se sentirão parte deste todo. Precisamos dos jovens no ME e nas PPJ’s. Participando ativamente das lutas e das elaborações de projetos. Eles precisam ao mesmo tempo executar e receber os benefícios de tais projetos. Não podemos apenas sermos destinatários e sim participarmos ativamente da construção de uma política com o nosso olhar particular.
Mais uma vez, os dados de opinião pública podem ajudar nesta tarefa. Em 2009, foi realizada uma pesquisa sobre a qualidade do nosso sistema político. Ela perguntou sobre a característica mais importante que se espera de uma democracia. Para os idosos, a prioridade é econômica e esperam garantir uma renda decente. Em contrapartida, os menores de 30 anos eles optaram mais por questões políticas, reclamando que os partidos devem defender e representar os interesses dos cidadãos, falaram do funcionalismo orgânico da democracia e por fim da motivação econômica. Ou seja, cada grupo geracional espera que coisas diferentes de democracia.
Em suma, em nenhum lugar está escrito que os jovens vão continuar preferindo os Partidos de Esquerda no futuro. Mas se a esquerda quer reconquistar a sua confiança, precisa oferecer algo mais do que uma saída à crise econômica. Os jovens de hoje estão muito preocupados com o funcionamento da nossa democracia.
A Juventude Socialista Brasileira de Alagoas, pensando nestas questões preparou uma agenda para 2013 onde, por meio de várias iniciativas, discutiremos com as diversas juventudes de nosso campo político algumas possíveis saídas para uma presença mais eficaz na construção de Políticas Públicas de Juventude. Algumas metas já estão sendo buscadas para que a JSB possa realmente ser ouvida nas ruas, praças, escolas, universidades e nos demais espaços sociais de nossas cidades.
JSB…PRESENTE! AGORA … E SEMPRE!!!
*Elder Henrique é Secretário Geral da JSB/AL e acadêmico do curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Alagoas-UNEAL. Além de pedagogo e bacharel em filosofia e teologia.
Autor: Elder Henrique S. R. de Melo