Ser jovem hoje é ser igual ao jovem das últimas décadas? Indiscutivelmente não! A mudança de contexto político e social e a revolução tecnológica colocam o público juvenil em um plano de destaque em relação as políticas públicas implantadas pelos governantes. E é nesse cenário que muitos políticos vêem na Juventude o futuro para grandes transformações que tornem nossa sociedade mais justa e solidária.
Para transformar as adversidades sociais por meio de políticas públicas é preciso não fugir a ética e também evitar a introdução de ações e metas governamentais que descambem para o populismo. Foi exatamente o que aconteceu na gestão passada aqui, em terras tucujus, através do Programa denominado “Amapá Jovem”. Lançado em meados de 2009, este, na teoria foi bem elaborado, no entanto, nada passou de um projeto “politiqueiro” e “populista” na prática. As atividades implantadas por seus organizadores e coordenadores fariam dos jovens, inscritos no programa, verdadeiros trampolins para aplaudir a ineficiência da chamada Harmonia.
Para mudar essa realidade e promover uma administração pública séria, o Governador do Estado, Camilo Capiberibe, idealizador do Crédito Para a Juventude, lançará o Programa Onda Jovem que irá inscrever cerca de 7 mil jovens em situação de vulnerabilidade social. Estes participarão de diversas atividades culturais, esportivas e de lazer. Haverá nas programações a projeção de um maior foco na capacitação por meio de cursos atrativos. Desta forma, ocorrerá a inserção de ações dentro do Programa como o Educa Jovem, Jovem Qualificado, Crédito Para a Juventude e o Juventude Cidadã que permitirão mais ações para os jovens amapaenses.
Na verdade, o Programa Onda Jovem, que será sempre aprimorado e discutido, é uma espécie de reformulação do Amapá Jovem. O Governo através da Secretaria Extraordinária de Políticas para a Juventude e da Secretaria de Inclusão e Mobilização Social preocupou-se em corrigir erros que não atingiram o principal objetivo do programa: ajudar os que mais precisam de políticas assertivas, que são os jovens de 15 a 29 anos em situação de risco social.
Outro ponto importante, é a expansão do Programa para os outros 15 municípios do Estado, descentralizando e abrangendo mais a juventude amapaense. Quando se faz política não se deve olhar somente para o que é mais atrativo eleitoralmente e sim no todo, buscando o bem comum da população. Nesse enfoque, o público alvo é mais abrangente e as ações mais direcionadas.
É evidente que a oposição irá repudiar e criticar de forma veemente qualquer ação socialista que venha a melhorar a vida dos beneficiados. Os “jovens da harmonia” que criticam hoje sem argumentos plausíveis são os mesmos que usaram a máquina pública de maneira pessoal para alcançar objetivos escusos e eleitoreiros. Talvez não tenham a noção de que nem tudo se resume a Estado paternalista e que o Socialismo hoje significa a universalização dos serviços públicos de qualidade para levar mais dignidade às pessoas.
Sem “populismo” e “sermão político” aos inscritos no Programa, o Onda Jovem é uma construção em cima das perspectivas, preferências, dificuldades e levantamento da situação social da juventude amapaense. Nós da Juventude Socialista Brasileira iremos aguardar os resultados e vislumbrar um novo retrato de ações juvenis para que estas se potencializem e alcancem o objetivo principal. Muita coisa boa ainda vem por aí (Banda Larga, Casa da Juventude, Bolsa Atleta…). Por isso estamos presentes, agora e sempre!
Autor: Paulo Brito – Presidente da JSB/AP