Em entrevista à agência cubana de notícias Prensa Latina, Graciela Ramírez, coordenadora do Comitê Internacional pela Liberdade dos Cinco, explicou que a segunda jornada "Cinco dias pelos Cinco" na capital estaduniense realizará a partir do próximo 30 de maio, eventos jurídicos, políticos e religiosos.
Voltaremos a bater nas portas de congressistas estadunidenses e faremos uma passeata até a Casa Branca, além de conferências e outras atividades a favor de Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, Fernando González e René González, informou.
Os Cinco – como são conhecidos os antiterroristas cubanos – foram presos em 1998 enquanto vigiavam grupos violentos que de Miami, no sul da Flórida, organizam, financiam e executam atentados como os que fizeram cerca de 3,4 mil vítimas em Cuba.
Segundo Ramírez, intelectuais, artistas, parlamentares, juristas, religiosos e cidadãos de diversos países confirmaram sua presença nessa segunda jornada de atividades, após a realizada em abril de 2012 em Washington.
"No ano passado, conversamos com vários congressistas estadunidenses, a quem explicamos o caso dos Cinco e mostramos que a causa recebe apoio de legisladores em todo o mundo, o que pretendemos repetir", apontou.
A ativista agregou que como acontece nos dias 5 da cada mês, será entregue ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, uma carta de uma personalidade, solicitando que a justiça seja feita aos antiterroristas, com sua volta à ilha.
"Isso quer dizer que nesta nova campanha de solidariedade com os heróis cubanos continuaremos exigindo a Obama a liberdade destes homens, através de cartas, telefonemas, correios eletrônicos e mensagens nas redes sociais", disse.
De acordo com Ramírez, a segunda jornada dos "Cinco dias pelos Cinco" em Washington também servirá de palco para informar a opinião pública estadunidense sobre as irregularidades cometidas pelo seu governo no caso, assim como para denunciar seu empenho em esconder evidências dessa conduta.
O governo destinou milhões de dólares dos contribuintes ao pagamento de jornalistas para criar em Miami – sede do julgamento contra os antiterroristas – com seus artigos um ambiente hostil destinado a condicionar o júri e a comunidade. "A defesa já apresentou provas disso", lembrou.
Também consta a negativa de mostrar as imagens de satélite de 24 de fevereiro de 1996, que provam que a derrubada dos aviões do grupo terrorista Hermanos al Resgate foi dentro do espaço aéreo cubano.
Essa ação defensiva das autoridades da ilha caribenha foi convertida no centro do processo contra os Cinco, e das campanhas para, através da imprensa, defender as organizações terroristas que atacam Cuba de Miami.
"Portanto, entre 30 de maio e 5 de junho será realizada uma nova jornada de solidariedade e denúncia, serão cinco dias de denúncia internacional lembrando que há cinco homens inocentes presos nos Estados Unidos, e é responsabilidade ética, política e legal de Washington fazer o necessário para devolvê-los a seu país", advertiu Ramírez.
Gerardo, Ramón, Antonio e Fernando continuam encerrados em prisões estadunidenses, enquanto René está obrigado a permanecer no país vizinho por mais três anos sob liberdade supervisionada após cumprir sua pena em outubro de 2011, medida considerada por ativisitas um castigo adicional.