A partir da segunda Guerra Mundial, com os Estados europeus destruídos pelos combates e excessos do conflito, os Estados Unidos concentrou o poder de primeira potencia econômica e política mundial, sendo o poderio econômico capitalista seu principal agente de interesses políticos mundo afora. Necessitando expandir seus interesses de defesa da democracia liberal, ou seja, um aparato político eleitoral com liberdade de expressão.
No período de 1945 a 1989 durante o período conhecido como Guerra Fria tencionavam em todo o globo a hegemonia econômica e política com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas sempre em defesa da Democracia e da Liberdade, acusando a URSS de implantarem ditaduras comunistas. E com o fim da Guerra Fria, o foco do combate estadunidense sai do comunismo e concentra forças no perigo do fundamentalismo islâmico.
Porém, a linha que defendemos é que os Estados Unidos buscam através da metodologia política Imperialista implantar um modelo econômico-político muito próximo das colônias de exploração do século XVI e XVII, onde seus principais interesses são aliar-se a uma elite burguesa local e combater as forças progressistas e nacionalistas dos países que lhe interessarem economicamente.
Os países latino-americanos conhecem perfeitamente esta história ocorrida nas décadas de 1960 e 1970, onde o Governo dos EUA financiaram uma série de golpes militares de direita em nossos países, que nos levaram a um sério retrocesso econômico e político, seja de endividamento público, dependência econômica dos fundos econômicos estrangeiros, ausência de organização dos movimentos sociais, eleições diretas e liberdade de expressão. Assim, defendemos a perspectiva de que não podemos compactuar com a falácia de defesa dos direitos humanos dos EUA, que propagam uma idéia de promoção da liberdade, sendo que na verdade seus interesses são de manter-se na hegemonia capitalista a qualquer custo.
Assim, a Juventude Socialista Brasileira vem saudar o companheiro defensor da liberdade da humanidade Edward Snowden, que combateu a tirania estadunidense contra seu próprio povo, este ex-técnico da CIA, o serviço secreto estadunidense, ao publicar o trabalho de investigação do poder público contra todos os cidadãos, sem ordens judiciais e casos específicos. Segundo afirmou no dia 08/07/2013 ao jornal britânico The Guardian: "Eu não quero viver num mundo onde tudo o que eu falo, tudo o que eu faço, todo mundo com quem eu falo, toda expressão de criatividade, amor ou amizade seja gravado. Eu não quero fazer parte disso, esse não é o mundo em que eu quero viver". Segundo as informações de Snowden, depois dos Estados Unidos, o Brasil seria o segundo país mais investigado pelo serviço secreto dos EUA, atitude que repudiamos totalmente.
A JSB reafirma seus compromissos com as Relações Internacionais soberanas e harmônicas entre os países, tendo como foco a paz e a solidariedade mundial, sendo assim: 1) Rechaçamos os ataques a soberania do Brasil, considerando que os EUA não possuem o direito de atuarem espionando os cidadãos brasileiros; 2) Saudamos o companheiro Edward Snowden como defensor das liberdades da humanidade ao dar publicidade aos ataques dos EUA contra os direitos humanos em seu próprio país e no mundo, devido a amplitude do programa de espionagem estadunidense; 3) Parabenizamos os Presidentes da Bolívia, Evo Morales e Venezuela, Nicolas Maduro por haver concedido asilo político numa postura condizente com os valores democráticos; 4) Assim, repudiamos a ausência de respostas do Itamaraty frente a solicitação de asilo político de Snowden e recomendamos que a Presidente Dilma e o Chanceler Antonio Patriota busquem a ONU e a Anistia Internacional uma saída diplomática de asilo político para Edward Snowden, pois não podemos tolerar que um defensor da liberdade esteja na condição de privação de liberdade, devido estar na área de transito do Aeroporto de Moscou.