As mudanças climáticas não são o grande vilão do planeta, mas as políticas que estão sendo propostas para combatê-las é que certamente são perigosas. Elas vão manter as pessoas pobres, sem acesso à energia barata e, consequentemente, ao progresso. Esta foi a posição que a Juventude Socialista Brasileira (JSB) manifestou no encerramento da Cúpula dos Povos e da Rio+20, na última sexta-feira (22).
“As classes mais desfavorecidas não têm acesso aos vários benefícios que outros têm, como energia, água, alimentação digna etc. Como explicar a estes cidadãos que devem se preocupar com problemas ambientais? A necessidade que eles têm é radicalmente maior”, afirmou Amanda Aguiar, Diretora de Universidades Públicas da União Estadual dos Estudantes (UEE) e do Coletivo Jovem pelo Meio Ambiente.
Para Danielle Santana, secretária Municipal da JSB de Duque de Caxias (RJ), a conferência cumpriu o papel de aproximar opiniões e democratizar decisões: “Precisamos cuidar para que este tipo de encontro se repita e para que possamos construir uma agenda que inclua desenvolvimento, basicamente”.
Guilherme Tomaz, secretário da JSB, classificou de “extremamente benéfica” para o partido a decisão de manter um estande na Cúpula dos Povos. “Recebemos delegações de vários países, curiosos com a participação do PSB no evento. Foram cubanos, venezuelanos, colombianos que nos visitaram. Foi uma experiência riquíssima”, disse. E reafirmou a posição da JSB: “Não podemos ter estabilidade social sem desenvolvimento sustentável”.
Maicon Lourenço, primeiro secretário da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e secretário-geral da JSB-RJ, alertou: “O grito de alerta deve ser feito já. Precisamos mudar a maneira de cuidar do nosso planeta”.
Chacal, Diretor PPJ da União Nacional dos Estudantes (UNE) e Vice-Presidente Estadual da JSB-RJ, completou: “Em um mundo como o nosso há que se pensar na preservação do nosso maior bem que é a vida”.
Entre os visitantes, Camila Bastos, ambientalista e militante do PSB-RN, protestou contra o descaso das autoridades: “Por mais que gritemos nas ruas, cada vez fica mais difícil sermos ouvidos. Os interesses capitalistas são sempre muito maiores do que quaisquer outros”.
A Secretária de Políticas Públicas da JSB-SP e do Movimento Estudantil de São Vicente, Talita Miuki, observou: “As mulheres estão bem mais representadas na questão ambiental. Basta olharmos em volta”.
Luan Lima, Presidente Estadual da JSB-SP, criticou os resultados da Rio+20: “Foram simplesmente razoáveis. Precisamos avançar na direção do progresso e do desenvolvimento sustentável”.
Visitaram também o estande da JSB: Marília Arraes; Marcos Villaça (Secretário- Geral do PSB-RJ); Cida Madureira (Presidente do Movimento Negro do PSB-RJ) e outras autoridades.