A Direção Nacional da JSB divulgou nessa segunda-feira (13) a carta elaborada durante o Conselho Político realizado no último sábado (11). O encontro aconteceu na sede nacional do Partido Socialista Brasileiro em Brasília e reuniu além dos dirigentes nacionais da Juventude Socialista Brasileira, os secretários ou representantes das direções estaduais.
Estiveram presentes no Conselho Político os dirigentes ou representantes dos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins.
Segue abaixo o documento com as considerações dos jovens socialistas brasileiros.
O BRASIL PRECISA DAR UM PASSO À FRENTE
As forças progressistas brasileiras, unidas desde 2003, quando foi iniciado um governo popular e com tendências à esquerda vêm realizando grandes debates sobre os caminhos que devem ser trilhados pelo país. A Juventude Socialista Brasileira, através de seu Conselho Político também faz suas considerações sobre as questões nacionais.
Durante os dois mandatos do ex-presidente Lula, graças a sua habilidade política, o Brasil deu um grande salto, se tornando um dos países mais importantes do mundo e em pleno desenvolvimento. Algumas ações foram determinantes para isso, como a redução considerável da dívida externa, aumento da produção industrial, redução das taxas de desemprego, e aumento do poder de consumo da classe trabalhadora.
O Brasil viveu nos últimos anos um período de grandes avanços. Desde 2003, o país trilhou o caminho do desenvolvimento e através de várias políticas e ações em diversos setores alcançou muitas vitórias como o aumento no índice de acesso ao ensino superior, a redução considerável de brasileiros na linha da pobreza e a democratização dos recursos para a política de cultura.
Vieram as eleições de 2010 e a JSB, seguindo as orientações do Partido Socialista Brasileiro contribuiu com a eleição da presidente Dilma, levantando a bandeira da erradicação da pobreza e continuidade das políticas afirmativas implementadas pelo presidente Lula.
No entanto, as posturas adotadas pela presidenta na condução da política econômica não tem apresentado a capacidade de inovação e também não atendem as reais necessidades dos trabalhadores brasileiros, pois ao passo em que se aumenta o poder aquisitivo, cresce de maneira desproporcional os preços dos produtos da cesta básica.
Na política educacional o governo Dilma assumiu o compromisso de dar continuidade ao programa de investimentos para a expansão das universidades federais, e de fato, até esse momento não se registra o cumprimento do que seria o REUNI II, com foco na política de permanência nas universidades públicas.
Na seara da política institucional, a garantia da famigerada “governabilidade” infelizmente impossibilitou que muitos dos avanços conquistados com o presidente Lula, tivessem continuidade.
Diante disso, cabe ao movimento social pautar um projeto político que expresse a cara das demandas reais do povo brasileiro, com a possibilidade de intervenção dos sujeitos coletivos e o atendimento de suas pautas, via materialização de políticas públicas universais.
A perspectiva da garantia da condição de cidadania não se dá via benefícios econômicos, mas com o direito social. Somente aumentando o poder de consumo, não garante-se cidadania, apenas uma maior contribuição ao sistema vigente. Sendo o ideal o aumento do consumo proporcionar um aumento igual ou maior nos investimentos nas políticas que garantem maior qualidade de vida, como educação, segurança pública, saneamento e acessibilidade.
Não poderíamos deixar de ressaltar a importância dos investimentos em cultura, grande potencializador do desenvolvimento juvenil e que vem passando por uma burocratização, desde a redução considerável dos investimentos nos Pontos de Cultura, política pública forte e que tinha uma participação destacada da sociedade civil e garantia facilidade no acesso.
No campo das Políticas Públicas de Juventude, queremos um Conselho Nacional de Juventude forte, autônomo e que lute pelos direitos da juventude brasileira.
Nós socialistas defendemos o fortalecimento e empoderamento da agenda da juventude, sempre em busca da garantia de autonomia e emancipação dos jovens através de políticas que envolvam Cultura, Participação, Comunicação, Ciência, Equidade, Tecnologia, Saúde, entre outros.
É necessário criar mecanismos que garantam a efetivação destas políticas na base, é então que se faz extremamente importante que juntamente com o Estatuto, seja aprovado a criação do Sistema Nacional de Juventude, garantindo recursos para políticas e programas a serem realizados nos municípios para toda juventude que verdadeiramente precisa.
Temos lutado por dias melhores para a juventude.
Queremos políticas publicas com a cara e a voz da juventude presente!
Brasília, 11 de maio de 2013
CONSELHO POLÍTICO JSB