Apenas 1,6% dos moradores de favelas tinham curso superior completo em 2010 — nas outras áreas, o percentual de conclusão é de 14,7%, um número considerado baixo. Os dados fazem parte da pesquisa “Áreas de Divulgação da Amostra para Aglomerados Subnormais”, divulgada na manhã desta quarta-feira (6), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O Sudeste é a região com o menor percentual de pessoas que moram em favelas e possuem curso superior completo – são apenas 1,2%, enquanto nas outras áreas da mesma região esse percentual é de 15,3%.
Em Niterói (RJ), por exemplo, de um total de 437.702 habitantes com dez anos ou mais, 116.814 já concluíram o ensino superior, o que representa 26,7% da população. Porém, do total dos moradores de Niterói, 67.208 são de favelas e apenas 1.273 já concluíram o ensino superior, ou seja, 1,89%.
O mesmo cenário pode ser observado em Vitória (ES): são 288.346 habitantes com dez anos ou mais, sendo que 70.152 já terminaram o ensino superior (24,3%). Já nos aglomerados subnormais, são 21.805 moradores com dez anos ou mais e somente 459 concluíram o ensino superior, representando apenas 2,1% da população de favelas e 0,16% do total de moradores de Vitória.
A maior diferença fica na região Sul: 1,7% dos moradores de aglomerados subnormais tem ensino superior completo, enquanto nas outras áreas 20% possuem graduação.