A representatividade dos jovens LGBTQIA+ na política desempenha um papel crucial no fortalecimento da democracia e no combate à desigualdade social e à violência que ainda vivemos contra nossa comunidade. No Brasil, país que infelizmente mais mata pessoas LGBTQIA+, é ainda mais importante que os jovens dessa comunidade ocupem espaços políticos para reverter esse cenário.
Em primeiro lugar, a representatividade dos jovens LGBTQIA+ na política é uma forma de combater e identificar a marginalização que nossa comunidade enfrenta. Ao eleger jovens LGBTQIA+ para cargos públicos, estamos rompendo com estereótipos e mostrando que as vozes e as experiências de nossa comunidade são válidas e devem ser levadas em consideração para a criação de políticas públicas.
Além disso, a representatividade dos jovens LGBTQIA+ na política traz perspectivas e demandas específicas para o debate público. Os jovens LGBTQIA+ enfrentam desafios únicos, como o bullying nas escolas, a falta de acesso a serviços de saúde adequados e altos índices de suicídio. Ter políticos que compreendem essas realidades e lutam por políticas inclusivas é fundamental para garantir que as necessidades de nossa comunidade sejam atendidas e que seus direitos sejam protegidos.
A presença dos jovens LGBTQIA+ na política também é uma forma de inspirar e encorajar outros jovens a se envolverem na política. Ao verem pessoas que se parecem com eles ocupando cargos públicos, os jovens LGBTQIA+ se sentem representados e motivados a participar ativamente da construção de um país mais igualitário. Isso fortalece a democracia, pois amplia a diversidade de perspectivas e experiências no cenário político.
É importante ressaltar que a representatividade dos jovens LGBTQIA+ na política não se trata apenas de ter representantes que defendem uma identidade comum, mas sim de eleger pessoas capacitadas, comprometidas com os valores democráticos e que busquem a igualdade de direitos para todos. A representatividade autônoma requer que as vozes dos jovens LGBTQIA+ sejam ouvidas e levadas a sério, e não apenas usadas como palco eleitoral.
No entanto, é fundamental reconhecer que a representatividade por si só não resolverá todos os problemas enfrentados por nossa comunidade LGBTQIA+. É necessário combinar a representatividade com a implementação de políticas públicas efetivas de combate e identificação à violência e à exclusão. A representatividade dos jovens LGBTQIA+ na política é um primeiro passo importante para avançar nessa direção.
E lembrando, a representatividade dos jovens LGBTQIA+ na política é essencial para fortalecer a democracia e promover a igualdade de direitos. No Brasil, onde a violência contra pessoas LGBTQIA+ é alarmante, é urgente elevar as vozes dos jovens e garantir que eles tenham a oportunidade de contribuir para a construção de um país mais justo, inclusivo e seguro para todos. A participação política dos jovens LGBTQIA+ é uma forma de lutar contra o preconceito e construir uma sociedade que valorize a diversidade e o respeito.
*As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião da JSB.