A quebra de paradigma nas Políticas Públicas de Saúde proporciona a inserção dos adolescentes e jovens garantindo assim a proteção integral a eles. Ao refletir sobre a institucionalização das Políticas Públicas de Saúde dos adolescentes e jovens, aumenta-se o estimulo para a elaboração de novas estratégias de promoção à saúde voltada para estas faixas etárias.
Para tanto, a participação da comunidade e dos conselhos de classe/saúde na formulação de ações, discussões, decisões se torna imprescindível, pois a partir disto é possível determinar ações que envolvam as políticas publicas de saúde, desta forma, tendem a melhorar a qualidade de vida da população em questão.
Portanto, na formulação de novas ações de saúde deve-se estabelecer os princípios da universalidade, igualdade e equidade garantindo assim a resolutividade na implantação de políticas direcionadas para o público jovem.
Atualmente o tecnicismo e a centralização e a falta de transversalidade, estão comprometendo o acesso e o beneficio das políticas públicas, tornando-se assim barreiras para efetivação das ações.
É importante ressaltar sobre a epidemia das doenças crônicas não transmissíveis (doenças cardiovasculares,tabagismo, obesidade, sedentariedade, alcoolismo, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas) nos adolescentes / jovens. O descontrole das mesmas comprometem o desenvolvimento social, econômico e ambiental.
Evidência-se que os jovens encontram muitas dificuldades ao acesso à saúde, e quando encontram o atendimento, o mesmo não é especifico, acarretando na prevalência de doenças e agravos nesta faixa etária. Por outro lado, o despreparo dos profissionais de saúde e a ausência de uma especialização específica nesta faixa etária, pode ocasionar uma desqualificação das ações de saúde uma vez que a promoção de saúde é inviabilizada.
Portanto, é necessário construir a intersetorialidade das políticas públicas, constituindo um sistema de proteção social e contribuindo para a efetivação do atendimento qualificado e priorizado entre os jovens. Neste sentido, a sociedade e os jovens se tornam protagonistas deste cenário, propondo assim uma mudança no desenvolvimento das ações e ao mesmo tempo da qualidade de vida, precisando, contudo de um planejamento articulado entre as organizações públicas e civil.
Silvani Vieira é Pós Graduanda em Gestão de Saúde Pública e militante da JSB no Espírito Santo
Autor: Silvani Vieira