No Brasil vivemos um momento em que as facilidades para se obter um veículo são muitas, dessa forma a frota principalmente de carros e motos tem aumentado muito rapidamente ao longo dos anos, além é claro de termos no bojo da sociedade moderna uma liberdade, ou uma postura libertária de nossa juventude que ultrapassa todos limites impostos por normas e regras estabelecidas em nossos códigos e em nossos valores morais.
O fácil acesso a carros e motos aliados a forma irresponsável que alguns adolescentes e jovens dirigem esses veículos, tem provocado nos últimos anos um crescimento no número de mortes da juventude brasileira em nosso trânsito, de 1998 a 2008 houve um acréscimo de mais de 32% nessa triste estatística. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em 2009 apresentou um estudo sobre o comportamento dos jovens como condutores e caronas, 65% são caronas de outros amigos em festas, que dos entrevistados 35% não utilizam o cinto de segurança em hipótese alguma, creio que esse número pode ser bem maior, além disso, para incrementar tal relação equivocada, 55% retornam de carona com amigos que ingeriram bebidas alcoólicas antes de dirigir.
O jovem dirige mais depressa segundo estudos do Ibope, e comprovou que esse comportamento está atrelado a adrenalina e ao álcool, sendo que isso se intensifica quando eles estão em grupos, ou seja, percebemos que há uma forte influência do circulo social aos quais os mesmo frequentam e pertencem. Isso é lamentável, mas não devemos aceitar passivamente que nossa juventude perca a vida e tenham os sonhos interrompidos por não compreenderem o limite entre o certo e o errado, levando-os a morte tão precocemente.
Atualmente estamos observando uma verdadeira guerra civil em nosso trânsito, são mais de 35 mil mortes por ano, esse número só tende a aumentar caso a nossa ação de inércia não mude, nossos jovens estão inseridos infelizmente nesse contexto, devemos nos preocupar com o trânsito desde a tenra idade de nossos pequeninos, a educação deve ser o fator preponderante nessa relação com adolescentes e jovens e o trânsito brasileiro. A que se impor limites e usar o não mais frequentemente para essa atual geração, valores morais devem ser resgatados, o jeitinho brasileiro de sempre querer se dar bem deve ser eliminado das relações sociais vigentes. O trânsito deve ser uma preocupação de todos e todas e tratado como uma questão de saúde pública, pois não devemos perder de forma precoce o que deve ser o futuro do Brasil, nossa juventude. Devemos ter ousadia para mudar.
Alex João Costa Gomes (Bacharel e Licenciado em História-UNIFAP 2001)
Autor: João Gomes